Oque são?
Os pulsares podem apresentar um campo gravitacional até 1 bilhão de vezes maior que o campo gravitacional terrestre. Eles provavelmente são os restos de estrelas que entraram em colapso, fenômeno também conhecido como supernova. Foram observados pela primeira vez pela astrônoma Jocelyn Bell Burnell.
À medida que uma estrela vai perdendo energia, sua matéria é comprimida em direção ao seu centro, ficando cada vez mais densa. Quanto mais a matéria da estrela se move em direção ao seu centro, mais rapidamente ela gira.
Qualquer estrela possui um campo magnético que em geral é fraco, mas quando o núcleo de uma estrela é comprimido até se tornar uma estrela de nêutrons, o seu campo magnético também sofre compressão, com isso as linhas de campo magnético ficam mais densas, dessa forma tornam o campo magnético muito intenso, esse forte campo junto com a alta velocidade de rotação passa a produzir fortes correntes elétricas na superfície da estrela de nêutrons.
Os prótons e elétrons ligados de maneira "fraca" à superfície dessas estrelas são impulsionados para fora e fluem, pelas linhas do campo magnético, até os pólos norte e sul da estrela. O eixo eletromagnético da estrela de nêutrons não necessita estar alinhado com o eixo de rotação. Quando isso acontece, temos o pulsar.
Algumas propriedades
Ao diminuir a intensidade das reações nucleares no interior da estrela, ela pode colapsar reduzindo o seu raio desde um tamanho próximo ao do Sol até um valor muito pequeno da ordem de alguns quilômetros. A matéria que compõe a estrela é comprimida fazendo os elétrons reagirem com os prótons formando nêutrons e a estrela passa a ser uma estrela de nêutrons.
No processo de contração o momento angular da estrela não pode mudar. O momento de inércia da estrela reduz muito e a sua velocidade angular aumenta na mesma proporção chegando a algumas centenas de rotações por segundo.
A ilusão de pulsação de um pulsar decorre de dois fatores:
o campo magnético de um pulsar concentra energia, emitida por ele num fluxo contínuo, tornando essa emissão mais intensa em dois sentidos opostos;
como é muito improvável que o eixo de rotação de um pulsar seja o mesmo do seu campo magnético, estes giram de forma que um observador perceba de modo alternado, regiões de espaço escuro e regiões de concentração de energia.
Ouvindo Pulsares
Como explicado, um pulsar gira rapidamente. Um típico objeto desse tipo, PSR B0329+54, revoluciona a 1.4 rotações por segundo. Já o pulsar Vela, PSR B0833-45, completa 11 voltas em apenas 1 segundo.
Da mesma forma que um farol de navegação, durante a rotação o feixe eletromagnético de um pulsar também atinge a Terra e pode ser detectado por radiotelescópios, onde cada rotação é registrada como um pulso. Ouça o som de diferentes pulsares.
Fontes: Wikipédia;UFRGS;APOLO11.COM